Todos alimentos podem trazer calor ou frio interno. Isso não quer dizer que eles sejam quentes ou frios em si. Não quer dizer que estão em temperatura elevada ou fria.
Exemplo 1: Mesmo quando tomarmos um sorvete de chocolate muito gelado, observamos que o sorvete é feito de ingredientes que produzem calor no organismo – leite, cacau, açúcar, gordura;
Exemplo 2: Mesmo quando tomarmos um chá preto muito quente percebe-se que ele tem a natureza energética fria, tanto pela água quanto pelo chá.
Por isso, é comum em lugares frios se acrescentar creme, rum, canela ou outra coisa de natureza quente ao chá. Ao mesmo tempo percebemos que sorvete não refresca.
“Comer bem” é, em qualquer estação ou clima, dar preferência aos alimentos frescos, mornos e neutros, com pouca predominância de natureza quente ou fria. Deve-se evitar os extremos: tomar gelado no alto verão, por exemplo, ou chocolate quente no inverno.
Na prática:
Durante o tratamento levantar o histórico da alimentação pode ser o diferencial de sucesso do acupunturista. Lembro de uma adolescente que atendi certa vez com “Terçol”. Segundo a paciente vários tratamentos já haviam sido realizados na medicina tradicional, porém sem sucesso. Durante a consulta a paciente relatou comer muita pimenta de todos os tipos. Constatou-se também pela anamnese que ela já possuía um quadro de calor interno no aquecedor médio que provavelmente era agravado com a ingestão da pimenta de natureza quente. Com duas sessões de aurículo-acupuntura e a redução da pimenta na dieta resultaram em “cura”.
Separamos alguns alimentos quanto a natureza como exemplo:
Quente:
– Gengibre Seco;
– Pimenta Vermelha;
– Pimentões;
– Canela;
Neutra:
– Azeitona;
– Açúcar Branco;
– Arroz;
– Repolho;
Fria:
– Banana;
– Melancia;
– Sal;
– Quiabo;